Em visita à administração, adolescentes questionam mais políticas de cultura para o Paranoá

 

 

Nesta terça, 09/06, os participantes do projeto “Adolescentes Protagonistas”, iniciativa do Inesc com patrocínio da Petrobras, realizaram uma conversa sobre política de cultura com representantes da Administração Regional do Paranoá. Os adolescentes entrevistaram Hugo Gutemberg, coordenador executivo, e Luciano Lima, chefe de cultura, esporte, lazer e educação. Os estudantes do Centro Educacional Darcy Ribeiro, segunda escola na qual as oficinas do projeto “Adolescentes Protagonistas” foram ministradas, escolheram monitorar a política pública de cultura.

Durante a entrevista, os integrantes do projeto abordaram as seguintes questões com os gestores: sobre a existência ou não de uma política cultural na cidade; se a Administração conta com uma programação cultural para as áreas públicas; se há previsão de reforma da praça central, que é um espaço importante na comunidade;apoio aos artistas e artesões locais e questões relacionadas ao orçamento da Administração voltado para cultura. Gutemberg explicou que o Paranoá é uma cidade dotada de uma cultura riquíssima, que comporta movimentos de rap, hip hop, festejos juninos, até música erudita com a orquestra sinfônica da comunidade. O coordenador também disse que a cidade possui características convergentes com outras regiões administrativas do Distrito Federal que se originaram pela ocupação e foram acometidas por equipamentos públicos básicos (educação, saúde e segurança) e não referendam demandas como a cultura.

Por último, Hugo afirmou que não existe um planejamento para o uso dos espaços culturais. Usam-se os espaços esportivos, como ginásio, “play ground” para a difusão da cultura, sem o planejamento para um local específico, como as casas de cultura”, ressaltou.

Perguntado sobre a reforma da praça central, Gutemberg afirmou que “reformas de praça não fazem parte dos projetos estruturantes do governo”. Mas ressaltou que a Administração Regional está priorizando a reforma. “Criamos um termo de referência e estamos pesquisando os tipos de equipamentos que podem comportar na praça, consultando a comunidade”. Os/As adolescentes discutiram nas oficinas sobre a necessidade de projetos de ocupação nos espaços públicos.

Andreza Dias, uma das participantes do projeto ressaltou que “as pessoas consideram apenas a música e a dança como cultura, mas que ela vai muito além”. Gutermber complementou afirmando que a cultura transcende eventos e que as políticas públicas para cultura devem ser contínuas.

Após a entrevista na Administração, os adolescentes fotografaram espaços do Paranoá que estão relacionados à política cultural e a própria cultura da comunidade. Os resultados serão divulgados em uma exposição de fotografia.

Texto: Vinícius Moreira, com revisão e edição de Gisliene Hesse.

 

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