O projeto “Adolescentes Protagonistas”, desenvolvido pelo Inesc e patrocinado pela Petrobras, realizou mais uma atividade com as meninas da Unidade de Internação de Santa Maria (UISM) esta semana. A pedido das adolescentes, foram organizadas duas rodas de conversa, uma sobre violência sexual e violência de gênero e outa sobre cultura.
Danielle Silva, gerente de combate à violação de direitos da Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, tratou da violência sexual e violência de gênero, em especial, da soma de violências sofridas pelas mulheres negras.
Em sua apresentação, ela ressaltou que a violência e o estupro podem começar tão sutilmente que não se percebe embora o sofrimento seja real. Que o mais importante é saber que o corpo é seu e que nada pode acontecer sem seu consentimento, mesmo com parceiros e parceiras, maridos ou peguetes. Ao fim da sua fala, ela também apresentou um levantamento de órgãos especializados na defesa da mulher.
Cultura
Markão Aborígene, membro do coletivo Art’sam e atuante do movimento movimento hip hop há 15 anos, foi o convidado que tratou do tema cultura. Ele falou sobre a importância de se conhecer nossas origens por meio da cultura e compreender que cultura é nossa resistência.
Outro tema tratado pelo Markão foi a importância do processo de criação de suas músicas, que são baseadas em histórias de gente de verdade. Mostrou que o Hip hop cumpre um importante papel de falar das periferias, de problematizar as questões que afetam diretamente as juventudes das regiões periféricas e que nada tem a ver com marginalidade.
Por último, Markão exibiu alguns vídeos e cantou para as meninas. Nesse momento, as adolescentes aproveitaram para mostrar as suas poesias e músicas. As meninas ficaram muito empolgadas e envolvidas. “Esse foi o show mais importante da minha vida”, destacou Aborígene.
Por Gisliene Hesse