Estudantes do Centro de Ensino Fundamental 05 e do Centro de Ensino Darcy Ribeiro, ambos localizados no Paranoá (DF), participaram na última semana da Oficina de Comunicação promovida pelo projeto Adolescentes Protagonistas, iniciativa do Inesc com o patrocínio da Petrobras.
Ao longo de toda uma manhã, meninos e meninas foram provocados a refletir sobre o que é comunicação, quais os impactos dela na vida deles e delas e também sobre o direito fundamental que todo ser humano tem de se comunicar, consagrado em tratados internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e em legislações nacionais, como a Constituição de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O debate também foi estimulado por meio da apresentação do vídeo Levante sua voz, produzido pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, que retrata o problema da concentração dos meios de comunicação brasileiros nas mãos de poucas famílias e a dificuldade enfrentada por quem quer ter o seu direito à comunicação respeitado.
Direitos na comunidade
Como a formação em comunicação do Adolescentes Protagonistas vai muito além da oficina, a segunda parte do encontro foi dedicada a debater com os meninos e meninas os temas escolhidos por eles para a elaboração do boletim Direitos na Comunidade, produzido anualmente por cada uma das escolas participantes do projeto.
A discussão foi estimulada pela leitura de matérias veiculadas em sites noticiosos e que têm relação direta com os temas escolhidos por eles: estigma negativo da escola (CEF 05) e democracia na escola (Darcy Ribeiro). No caso do CEF 05, foram apresentados textos que falavam diretamente sobre a escola, como o episódio ocorrido no ano passado em que policiais revistaram alunos dentro das salas de aula.
Além de avaliar como a imprensa cobriu os temas escolhidos por eles para trabalharem nos boletins, o momento também foi de reflexão e debate sobre representatividade nos meios de comunicação.
Ao final da oficina, a avaliação geral foi bastante positiva e o ponto que mais chamou a atenção de todos foi o fato de comunicação ser um direito humano fundamental, assim como os direitos à saúde, à educação e à vida. “Eu realmente não tinha ideia de que tinha esse direito. Achei muito importante e vou passar a exigir o cumprimento dele”, sintetizou uma das participantes.